Nascida na Califórnia, filha de pais indianos, foi durante a adolescência passada em França que a cantautora Rupa Marya descobriu que a cor da sua pele não era neutra: confundiam-na com os árabes e os ciganos e isso tinha um preço. Hoje, a par da carreira como médica, faz música que é uma resposta luminosa a todos os que teimam ver a vida a preto e branco. Cantando em inglês, francês, espanhol e hindi, buscando referências na canção francesa, no tango, na música cigana e na folk americana, entre outros géneros, Rupa faz do mundo inteiro o seu território estético. Estético, mas também ético, não fosse o nome do seu disco de estreia - “Extraordinary Rendition” (2008) - uma expressão que tanto significa uma interpretação artística excepcional como a prática de levar prisioneiros para fora do país de modo a usar técnicas de interrogatório ilícitas. Na companhia dos seis April Fishes - Ed Baskerville e Pawel Walerowski (violoncelos), Safa Shokrai (baixo), Isabel Douglass (acordeão), Marcus Cohen (trompete) e Aaron Kierbel (bateria).
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