Têm transformado ouvintes incautos, críticos, radialistas e plateias mais ou menos cépticas em devotos rendidos, desde que o seu nome se começou a fazer ouvir nos finais de 2004. “Funeral”, o primeiro álbum dos Arcade Fire (projecto de um texano emigrado e de uma franco-canadiana), é marcado pela tragédia familiar de ambos e revela toda a grandiosidade existente na música da banda.
O casal Win Butler e Régine Chassagne, Richard Parry, Tim Kingsbury e Will Butler (irmão de Win) possuem, entre si, vários talentos. O de tocarem diversos instrumentos é um deles. O de terem criado uma beleza tremenda a partir da tristeza que viveram com várias mortes nas suas famílias é outro. “Funeral”, lançado pouco depois de os Arcade Fire terem assinado contracto com a independente Merge Records, é um disco de uma ambição e força estarrecedoras. Uma música que transcende categorizações de “indie” para viver em ascensão permanente, em luta cerrada contra os elementos. Um álbum atravessado por um romantismo que a tudo resiste. De cada vez que roda, o cume parece mais alto, sem nunca deixar de ser alcançável. Tentemos, pois, parar um pouco e observar o cenário em volta.
Há quem lhes chame já reis do mundo indie e talvez não seja uma afirmação muito longe da realidade. “Funeral” colocou os Arcade Fire no centro das atenções, e bem vistas as coisas os motivos são mais do que suficientes.
12 de Agosto
Estádio do Dragão
O que é que estes Senhores vêm fazer a
Portugal?
Uma bomba musical explode na Inglaterra
Yes, sir! O metro vai continuar a funcionar. Os autocarros de dois andares vão seguir os seus destinos. Os pubs vão continuar cheios ao fim da tarde. As pessoas vão continuar a esgotar os clubes, teatros e, principalmente, as lojas de discos. Bombas e políticas externas que são uma bomba não vão impedir que Inglaterra, principal fábrica de novidades musicais do planeta, continue a enviar bandas de destruição em massa para o mundo. A mais recente é um míssil chamado Hard-Fi. Com o poder de perfurar os ouvidos , o Hard-Fi foi lançado no dia 4 de Julho, três dias antes do atentado que abalou Londres. O conteúdo dessa bomba é uma explosiva combinação de punk/ska/dub/funk — vem envolto por um disco chamado “Stars of the CCTV”. É dinamite! O principal responsável pela coisa toda é um sujeito chamado Richard Archer. De volta à sua cidade natal, a cinzenta e entediante Staines, no interior da Inglaterra, após uma temporada em Londres, viu-se sem dinheiro, sem diversão e sem opções. Ora, não é esse o terreno perfeito para o nascimento de uma grande banda de rock? Pois assim foi. Archer começou a escrever letras deu a ouvir Clash, Joy Division, Massive Attack, Specials, house, reggae etc. Depois, juntou alguns amigos — o guitarrista Ross Phillips, o baixista Kal Stephens e o baterista Steve Kemp — e pronto, foi, nasceu, veio ao mundo os Hard-Fi. Um dos melhores discos de 2005 — o melhor, para “New Musical Express”. Mais cedo ou mais tarde, os Hard-Fi vaõ passar zunindo perto dos seus ouvidos.
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