OMISSÃO IMPOSSÍVEL 2006

Porque merecia estar nas listas dos melhores álbuns de 2006.
Porque vale a pena conhecer.
Porque vale a pena conhecer.
Para ouvir:

Brazzaville - East L A Breeze
“The Trials Of Van Occupanther” é o segundo álbum de originais dos texanos Midlake. Um disco inspirado na década de “70 - Neil Young, Fleetwood Mac, America e Joni Mitchell” para afirmar a sua originalidade dentro do panorama do rock alternativo actual. Um grupo que alarga as fronteiras do género, destacando-se pelo cuidado posto na composição, os arranjos elegantes e a criatividade com que abordam os seus instrumentos.

O último disco de M. Ward “Transistor Rádio” era uma homenagem à idade de ouro da rádio, em que um DJ trocava compulsivamente de vinis e o pó cravado nos sulcos se ouvia a crepitar nos altifalantes. O novo trabalho, “Post War”, produzido de forma quase artesanal ao longo dos dois últimos anos, apresenta uma sonoridade límpida e deliciosa, com participações refinadas de gente como Neko Case, Adam Selzer ou Jim James (My Morning Jacket), e canções de tal forma universais, que nos surgem familiares desde a primeira audição. Será talvez a sua voz rica e sedutora, um misto de mel e cigarros, de Nina Simone e Tom Waits; ou ainda o seu modo singular de tocar guitarra, o blues/folk dos Apalaches, a exuberância, os solos fora de tempo, o ritmo irrepreensível. Seja como for, M. Ward é, factualmente, um artista único, quanto mais não seja pelo número de amigos que contam com o seu talento das mais variadas formas: Meg White, amante dos blues e do country, convidou pessoalmente Matt como suporte aos White Stripes na recta final da digressão norte americana, em 2005. Connor Oberst (Bright Eyes), juntou-se a Ward na digressão acústica “Monsters Of Folk”. No ano passado co-produziu “Rabbit Fur Coat”, o celebrado disco de estreia de Jenny Lewis (Rilo Kiley) e, com esse especial gosto pelos projectos paralelos, compilou e produziu, já este ano, um disco de versões de John Fahey “I Am The Resurrection”, um tributo ao lendário guitarrista cuja destreza à guitarra tanto o influenciou. Por tudo isto, “Post War” é um disco que sugere uma atmosfera cheia de remoinhos, com melodias de efeitos quase hipnóticos. Trata-se de um grande passo para um homem acostumado a trabalhar os seus disco completamente a solo, este é, como diz com orgulho, o seu primeiro disco com banda, dado ter chamado ao estúdio os músicos com quem tem colaborado nas digressões. “Post War” é uma deliciosa e venenosa mistura de alegria e arrependimento, despedidas e celebrações. E sobretudo, um disco romântico, devastadoramente romântico.


Os Charlatans têm sido uma das mais prolíferas e bem sucedidas bandas britânicas dos últimos 15 anos. Agora, celebram a sua ilustre e longa carreira com "Forever: The Singles", uma colectânea que apresenta com os singles da banda a sua história de forma cronológica, desde 1990 até ao presente. A edição deste álbum pretende também assinalar o 10.º aniversário da morte de Rob Collins, o teclista da formação original da banda. No total são 18 temas, dos quais, 16 foram ao top 40 na Grã-Bretanha. Presente está o primeiro single de todos, "Indian Rope" à última canção editada, "Blackened Blue Eyes".
Um folk íntimo com letras carregadas de poesia e sensibilidade é o que encontramos nas músicas de Teitur. Este músico que veio das Ilhas Faroé é um dos talentos mais prometedores do folk actual.
Quando no verão passado foi anunciado a inclusão de Mark Lanegan como segundo vocalista na gira dos The Twilight Singers cresceu a expectativa sobre o grupo. Significava a possibilidade de ver ao vivo duas das vozes masculinas mais proponentes e com maior personalidade dos últimos anos. Agora essa união passou para o estúdio com a gravação do ep “A Stitch in Time”. O ep inclui cinco canções, duas das quais gravadas em parceria com Mark Lanegan. A primeira é uma versão do tema dos Massive Attack “Live With Me”. Destaque também para o tema “Sublime” escrito conjuntamente por Greg Dulli e Joseph Arthur e donde a segunda voz corresponde ao próprio Joseph Arthur.
Oriundos de Riverside (Califórnia) os STARFLYER 59 lançaram "Talking Voice vs Singing Voice" em 2005. Um disco noise-pop na linha dos Ride e The Verve. Com um ar extremamente melancólico, Jason Martin cria mais uma obra de arte recheada de guitarras, orquestrações e pequenos sons electrónicos.
“The Past Presents the Future” é o quinto álbum de Marc Bianchi (San Mateo, California) United States , mais conhecido como Her Space Holiday. Uma voz sussurrada, o uso subtil e elegante da electrónica e uns textos quase autobiográficos são a senha de identidade deste artista. Uma nova amostra de pop contemporâneo, mais ou menos cantado, mais ou menos contado, sobre um elaborado subsolo electrónico, samples, percussões sintéticas e algum teclado.
The Isles são uma banda de Nova York que aparecem em 2006 com o álbum de estreia “Perfumed Lands”. Sonoridade pop ao melhor estilo dos The Smiths, New Pornographers.
Os Bloc Party regressam a Portugal no próximo ano para um concerto em Lisboa. Depois da edição de 2006 do Festival Paredes de Coura, a banda britânica actua no Coliseu dos Recreios, a 18 de Maio. O espectáculo deverá inserir-se na digressão de promoção ao segundo álbum do grupo, "A Weekend In The City", com edição prevista para 05 de Fevereiro de 2007. 'The Prayer', é o single de apresentação do novo trabalho dos Bloc Party. A actuação no Coliseu dos Recreios tem início previsto para as 21h00, e os bilhetes já estão à venda, com o preço de 25 euros.

Para Ouvir: