Jay Jay Johanson é um cantor e compositor de origem sueca. Comparece de aspecto andrógino e emanando simplicidade e timidez. Imperceptível não será aquele olhar reflexivo que sempre traz consigo. A sua música é uma combinação de tradição e modernidade, uma espécie de compromisso entre as canções suaves e melancólicas dos "crooners" e batidas e remisturas de DJs. Ao ouvir Jay-Jay pela primeira vez é impossível não deixar de pensar como é que aquela figura frágil e pálida transporta uma voz daquelas. De facto, a sua extraordinária voz encontra-se sempre em evidência, convidando à introspecção e ao arrebatamento. Tornou-se conhecido com a música "So tell the Girls that i am back in Town", retirada do seu álbum inicial de 1996, "Whiskey". Se inicialmente a sua música passava por sonoridades de jazz , trip-hop, bossanova e sons de cordas e teclados, com o passar do tempo Jay-Jay aproximou-se do pop e electrónica. As influências que se encontram no seu trabalho derivam de artistas tão diferentes como Elvis Presley, Modern Jazz Quartet, Rod Stewart, Chet Baker, Kraftwerk ou David Bowie. O tópico favorito de Jay Jay é o amor. Todas as suas componentes lhe despertam interesse. O desejo, a fantasia, a abstenção, o desprezo, a revolta, a decepção, a tristeza. O próprio afirma que compõe melhor quando se encontra muito triste e que, pelo contrário quando tudo está bem as suas canções saem muito mal. Em suma, é um óptimo som para se ouvir quando se está mal de amores. Sempre num estilo muito pessoal, Johanson tem conseguindo manter uma carreira de razoável sucesso comercial, com várias digressões pela Europa e América, ao mesmo tempo que continua uma carreira paralela como DJ em clubes de Nova Iorque, Miami, Paris e Barcelona, além de trabalhar com artistas como os Daft Punk, actuar ao lado de Tina Turner e compor bandas sonoras para filmes franceses. O novo álbum "Self-Portrait" denuncia um regresso às primeiras influências.
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