sexta-feira, agosto 11, 2006


Por muito vago que possa parecer, o aspecto cosmético principal na música de Colder é uma ideia muito concreta de elegância, apurada neste álbum a um ponto que não ouvimos mais ninguém tocar. De facto, «Heat» não é um disco composto para dançar, como acontece com a maioria dos álbuns de novas bandas conotadas com o pós-punk. Esta contenção resulta, primeiro, numa personalidade vincada e, depois, numa longevidade que já pouco se parece procurar na música popular, reanimando a noção de música intemporal que sempre esteve na base da discórdia entre defensores de pop e não-pop. Colder confundem as designações. É pop, mas também não é pop. E intemporal, adivinha-se, mas soa perfeito em 2005

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